Um
dos bares mais populares de Capão Bonito, o “Wilson’s Bar”, completa, neste
ano, 25 anos. O proprietário, Wilson Vieira de Aquino, 43 anos, conta como
trocou o cargo de gerente do antigo Bamerindus na cidade de Itapetininga pelo
empreendedorismo.
Aquino
é ex-bancário. Trabalhou alguns anos na antiga agência do Bamerindus de Capão
Bonito, hoje HSBC. Ali, aprendeu e se aperfeiçoou nas técnicas de administração
e finanças, e descobriu a paixão pelos “negócios”.
Iniciou
a carreira no Bamerindus como um simples bancário e foi subindo e escalando o
organograma da empresa, chegando ao cargo de subgerente. Quando foi para
assumir a concorrida função de gerência na filial de Itapetininga, decidiu permanecer
na cidade e tocar o próprio comércio.
Com
o apoio de sua mãe Chiquinha Aquino (Francisca de Oliveira Aquino) e de sua
ex-esposa Núbia Aquino, começou uma longa caminhada na missão de servir os
consumidores capão-bonitenses. Ele relata que quando comprou o antigo Bar do
Nelsão, o estabelecimento tinha apenas três caixas de cerveja, uma mesa de
bilhar e um pequeno balcão. O piso do imóvel ainda era de chão batido e as
prateleiras de madeira.
A
história de Wilson é parecida como a de muitos empresários de sucesso. Samuel
Klein, criador das Casas Bahia, vendia cobertores e peças de cama e mesa numa
pequena charrete no bairro Bom Retiro em São Paulo. Hoje, é o proprietário do
maior complexo varejista do Brasil.
Wilson
relata que enfrentou muitas dificuldades, mas não parou no meio do caminho.
Vendia bolinhos e outros salgados aos funcionários da antiga Cobasil, uma das
principais empresas de Capão Bonito na época, controlada pelo saudoso Cornélio
Batista da Silveira.
Educado
e carismático, Wilson foi construindo sua freguesia. Em menos de três anos
promoveu a primeira reforma do Bar. Ampliou os espaços e se modernizou com
novos equipamentos. Do bolinho de frango passou a oferecer lanches e porções.
Wilson
sempre se inspirou nos bons exemplos. São-paulino de coração, é apaixonado por
esportes. Promoveu dezenas de torneio de truco. Num deles, chegou a atrair 130
duplas. A competição começou às 09h00 da manhã e terminou às 02h00 da
madrugada. Na mesma trucada, comparecem jogadores que se tornaram refrência, como
o saudoso Zé Tallarico (José Carlos Tallarico). Naquele dia, o bar vendeu 35
caixas de cerveja, ou melhor, 840 garrafas.
Hoje,
o Bar é mais que um bar. Oferece lanches, refeições (self service), porções,
salgados, pizzas e bebidas em geral. Virou referência na comida oriental. O
yakissoba preparado no “Wilson’s Bar” é referendado em toda região.
É
também um bar democrático. Virou ponto de encontro de corintianos,
são-paulinos, santistas e palmeirenses. De vez em quando pinta por lá um
flamenguista abusado.
Para
chegar aos 25 anos com tanta energia e vitalidade, exige-se da equipe
disciplina e responsabilidade. As atividades começam logo às 5h00 da manhã e
geralmente se encerram às 02h00 da madrugada. De segunda a segunda.
Toda
essa vontade de servir transformou o “Wilson’s Bar” no mais famoso e popular de
Capão Bonito. O pai de Wilsinho, Ivisson e Jéssica se orgulha daquilo que
construiu com muito esforço e dedicação, e espera comemorar outras datas
importantes.
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