Depois de
superar Itapeva na renda per capita, Capão Bonito tem agora novos desafios: estruturar
um novo distrito industrial e estimular a criação de novas áreas residenciais e
empresarias
O
desenvolvimento econômico será um dos principais desafios do próximo governo municipal,
que será novamente comandado pela dupla Julio Fernando e Marco Citadini. Mas o
caminho é longo e necessita de muito cuidado e atenção. Não se resolve um
problema que há décadas assombra a nossa cidade, com um simples estralar de
dedos, como se o governante fosse um mágico.
A localização e infraestrutura logística da cidade a 222 km de
São Paulo e 260 km de Curitiba (Paraná) são características que, numa disputa
para atrair negócios, podem fazer a diferença.
O Produto Interno Bruto da cidade também não para de crescer,
depois que o atual prefeito Julio Fernando assumiu o comando do Poder
Executivo, em 2009, a soma total da riqueza produzida no período de um ano, não
parou de crescer, com destaques para os setores de comércio, serviços e
agricultura.
A
estrada está aberta, mas é preciso acabar com os obstáculos que trancam e
dificultam o acesso ao novo horizonte. A reportagem da revista Matéria-Prima
conversou com especialistas em arquitetura, planejamento urbano e empresários,
que apontaram alguns pontos estratégicos para que Capão Bonito dê o salto que
precisa para se tornar uma cidade sustentável economicamente.
LOTEAMENTO
TERRAS DO EMBIRUÇU
Localizado
num dos pontos mais privilegiados do município de Capão Bonito e que faz divisa
com as grandes fluxos rodoviários – rodovias Francisco Alves Negrão (Itapeva) e
Antônio Romano Schincariol (Itapetininga), o loteamento Terras dos Embiruçu é
uma das grandes promessas de desenvolvimento imobiliário da cidade.
O
projeto para dividir uma fazenda de 64 alqueires em mais de 600 lotes começou
no início da década de 80, e hoje, depois de mais de 30 anos, erguem-se os
primeiros empreendimentos no loteamento Terras do Embiruçu – que foi batizado
com o mesmo nome do córrego que faz margens às suas terras promissoras.
O
diretor comercial do loteamento, Aldo Sacco, explicou que Capão Bonito vive um
“boom” no mercado imobiliário, e segundo ele, a oferta está abaixo da demanda.
“Capão Bonito está enfrentando um dos seus melhores momentos no mercado
imobiliário, e por isso, estamos investindo no negócio”, disse.
Não
precisa ser um especialista para observar que as áreas do Terras do Embiruçu
estão se transformando em um novo núcleo de progresso e desenvolvimento. Além
das novas empresas que já se instalaram nas áreas paralelas à principal avenida
de acesso à região urbana – avenida Capitão Calixto -, está nascendo um condomínio
residencial com 16 moradias.
Alguns
engenheiros consultados pela nossa reportagem, sugerem que a Prefeitura deveria
estudar um projeto para transferir o Paço Municipal para a entrada da cidade, a
exemplo do que Sorocaba, que levou a Prefeitura para uma região coberta por
matos, e hoje é a locomotiva da cidade.
NOVO DISTRITO
INDUSTRIAL
Outra
esperança para que a cidade ganhe musculatura econômica está depositada no novo
distrito industrial. A Fibria já oficializou a doação à Prefeitura, que a
partir de agora, terá pela frente o desafio de levar a devida infraestrutura e
desta forma, atrair novos negócios para a cidade. O novo parque industrial,
localizada no bairro Paineiras, tem 18 hectares e segundo o Executivo local,
será dividido em 21 lotes de 5 mil m².
O
prefeito Julio Fernando afirmou que a Prefeitura já está trabalhando na
elaboração do projeto técnico de infraestrutura do novo polo industrial, como
abertura de ruas, implantação de saneamento básico (água e esgoto), e a criação
de uma lei que regulamente a atividade. “Vamos pensar, estudar e planejar um
distrito que realmente atenda as características econômicas da cidade”, disse.
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