Além
de fomentar a nossa economia produzindo alimentos para a mesa dos brasileiros,
a zona rural de Capão Bonito tem outros “tesouros” afincados em seu chão. Apesar
de ser, hoje, um município urbano, Capão Bonito nasceu rural e permaneceu assim
até a década de 70. Dos anos 80 pra cá, o êxodo rural inundou a região urbana,
construindo assim diversas Vilas populares. Mas é ainda no campo que guardamos
a nossa memória.
Numa
dessas tardes ensolaradas de fevereiro (pré-carnaval), a convite dos amigos
Juraci Braz das Chagas e Horácio Rosa de Oliveira (Assis da Sabesp), a
reportagem da Revista Capão Bonito foi conhecer o bairro que abriga um valioso
patrimônio histórico do município.
As
dificuldades da época foram superadas pela fé daquela gente, que até hoje se
orgulha em abrigar a Igreja mais antiga e preservada desta terra abençoada por
Nossa Senhora da Conceição – do Paranapanema. Por lá, gerações e gerações
receberam as benções matrimoniais e constituíram famílias.
Um
dos moradores mais velhos do Ferreira das Almas, Pedro Julio do Nascimento, 92
anos, conta que, antes de construir a igreja, um grupo de moradores comprou 30
sacas de amendoim que foram utilizados na produção de biscoito e paçoca. A
venda dos alimentos gerou um montante suficiente para iniciar a tão sonhada
edificação da Capela Santa Cruz. Nascimento relata ainda que a igreja foi
atingida por algumas balas de canhão pertencentes aos soldados paulistas que
lutavam na Revolução de 32.
Além
do prédio religioso, o bairro também tem outro atrativo para quem se interessa
por lugares históricos. No Ferreira das Almas, o Cemitério Sagrado Coração de
Jesus foi construído no início do século XX, em 1904. Em dias deFinados, o
campo santo chega a receber 1000 pessoas que chegam para homenagear seus
antepassados.
O
guardião e zelador do cemitério é o funcionário público Ezequiel Ferreira, 41
anos. Segundo ele, são realizados em média três enterros por mês, que são
anunciados pelas badaladas do sino da Igreja Santa Cruz. “É uma tradição que
nasceu há décadas e permanece até hoje. Quando o sino toca em dias normais,
todos sabem que alguém está sendo sepultado”, explicou.
O
tempo trouxe algumas danificações estruturais, mas a comunidade está se
organizando para arrecadar fundos e manter viva a história e a igreja mais
remota de Capão Bonito.
Cadê a fonte? Copiou da internet ou foi lá no bairro recolher essas informações?
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