O
TRT (Tribunal Regional do Trabalho) desistiu de construir uma nova sede para a
Vara do Trabalho de Capão Bonito. O assunto foi o tema central da opinião
pública local e, novamente, o jornal O Expresso saiu na frente. O baixo clero que
rodeia o prefeito Júlio Fernando chora e a oposição comemora. Respeitando a
credibilidade que construiu nos seus 20 anos de vida, este semanário elaborou
uma reportagem criteriosamente informativa. Investigou, apurou, consultou todas
as fontes de informação e construiu um texto digno de um jornal de circulação
nacional.
Não
tenho nenhuma vocação para a engenharia ou arquitetura, mas o atrevimento
sempre que cutuca. O empreendimento seria importante para a melhoria logística
processual das milhares de ações trabalhistas que correm por aquelas veias
judiciais. Os sucessores de Queirozinho, que não dispensam o prenome de Doutor,
teriam um espaço mais adequado para desfilar seus “tailleurs” e “armani’s” e defender
a clientela disposta a arrancar as tripas financeiras dos barões empresariais.
A
obra nasceu errada. Não é preciso ser nenhum Faria Lima para saber que a Nova
Vara do Trabalho – assim intitulada pelos políticos locais – começou a ser
edificada numa região inadequada.
As
primeiras reuniões sobre a doação de um terreno para o empreendimento foram
conduzidas pelo ex-prefeito Júnior Tallarico e concretizadas pela atual
administração. Ao invés de condenar esse ou aquele governante, a classe
política deveria propor soluções.
E
quase unânime a opinião de que o prédio teria mais brilho arquitetônico se
fosse instalado nas proximidades do novo complexo judiciário da Nova Capão
Bonito e como segunda opção, a avenida Capitão Calixto, na entrada da cidade. Novas
construções arrastam o desenvolvimento urbano, imobiliário e econômico.
Agora,
não adianta chorar pelo leite derramado. Temos um prefeito incansável,
trabalhador e com vontade explícita de ajudar o município. Ao seu lado, um
vice-prefeito atuante, participativo e qualificado para enfrentar o novo modelo
de gestão pública e, infelizmente, um fardo pesado de secretários e assessores incompetentes.
Não vou ser injusto a ponto de botar todos num mesmo cesto, pois tem muita
gente na Prefeitura que veste a camisa da cidade.
Prefeito,
vice e bons assessores, façam deste limão azedo, uma doce limonada. Aproveitem
o que restou da obra e elaborem um projeto inovador para cidade. Esqueçam essa
história de transformar o espaço em sede da Promoção Social ou Clínica Médica.
Isso é pensar pequeno. É ser provinciano.
Nossos
jovens precisam de qualificação e cursos que atendam as novas perspectivas
profissionais. Portanto, há momento mais adequado para a Prefeitura anunciar o
seu primeiro Centro Municipal de Tecnologia e Informação Profissionalizante?
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