Atividade
movimenta a economia e diminui
ocupação de
entulhos no aterro sanitário
Depois de atuar 26 anos no setor farmacêutico, o empresário Paulo Dolivar Cepil, 48 anos, descobriu nos entulhos um novo jeito de gerar renda e emprego em Capão Bonito. Há um ano, ele recolhe entulhos e recicla separadamente sobras da construção civil e outros materiais recicláveis como papelão, vidro e plásticos. Ele já realizou alguns testes e promete transformar o material reciclado em areia, pedra e tijolos ecológicos. “Onde outros enxergam despesa, lixo, produtos sem valor, nós conseguimos enxergar uma oportunidade e uma forma de contribuir com o nosso planeta. A partir disso, conseguimos criar uma atividade econômica e sustentável, com produtos destinados a construção civil, e que está em pleno crescimento no país”, disse Cepil.
O
empresário calcula que a recicladora recolhe 480 mil toneladas de entulho por
mês, o equivalente a 80 caçambas com capacidade de 1, 3 tonelada cada. “95% do
entulho que chega até aqui é reaproveitado, reciclado e transformado em
produtos para diversos tipos de uso”, comentou.
Após
a coleta, as caçambas de entulho são descarregadas num área geral. Em seguida,
a separação é feita manualmente. Depois disso, as sobras de tijolo, telhas e
concretos passam por um processo industrial feito por máquinas que trituram e
transformam o suposto “lixo” em matéria-prima para fabricação de um novo
produto mercadológico.
Em
Capão Bonito, a maioria dos entulhos ainda é destinada ao Aterro Sanitário, e
sem a devida separação e aproveitamento. No aterro toda a sobra de construção
civil é enterrada. “Reaproveitando o entulho, você acaba gerando empregos,
ajudando o meio ambiente e agregando valor como empresa sustentável”, explicou
o novo reciclador.
Paulo
Cepil investiu alto para montar a Eco Recicle: R$ 500 mil em estrutura e
maquinários. “É um investimento um pouco salgado, porém, é um negócio lucrativo
e de grande futuro”, comentou. O empresário conta ainda que teve apoio do
vice-prefeito Marco Citadini e do vereador Braz Lucchi. “Tanto o vice-prefeito
como o vereador Braz Lucchi entenderam a importância do negócio para Capão
Bonito e se dedicaram a criação de uma Lei que regulamentasse esse tipo de
atividade na cidade. A Lei foi devidamente aprovada e está em plena vigor”,
elogiou.
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