Antigamente,
a mulher pertencia a uma classe de cidadãos de segunda categoria. Apesar do
papel fundamental que teve na construção da civilização humana, demorou em ser
reconhecida. Sofreu preconceito e violências morais. Mas, enfim, hoje são
valorizadas e reconhecidas.
Em
Capão Bonito, elas se dividem entre adolescentes, jovens, mães, avós e até
bisavós. São mulheres professoras, donas-de-casa, domésticas, balconistas,
secretárias, costureiras, profissionais liberais e até caminhoneiras. Têm
inúmeras tarefas: cuidam dos filhos; do marido; da casa; do trabalho; dos
estudos... São mulheres guerreiras, que nunca deixaram a “peteca cair”.
No
último dia 16, elas receberam um presente especial da Prefeitura local: o Centro
de Atenção à Mulher, batizado de “Sueli Domingues de Almeida”, uma homenagem a
uma das fundadoras do Grupo Voluntário de Combate ao Câncer.
A
pintura em tom azul transmite higiene e limpeza. Quem entra nas repartições
imagina estar numa clínica particular. Salas amplas e confortáveis.
Consultórios especiais, salas de atendimento, profissionais multifuncionais, e
uma área construída de 182 m².
O
Centro de Atenção à Mulher foi construído numa das regiões mais carentes do
município, o Jardim Vale Verde. A escolha da localidade foi baseada no processo
de descentralização dos serviços públicos municipais. Para o secretário da
Saúde, Fabrício Olivati, a obra é considerada um “divisor de águas” no sistema.
Segundo
a Prefeitura, o projeto já despertou o interesse de outros municípios da
região. Ribeirão Grande e Guapiara devem ser os primeiros a assinarem um
convênio para o encaminhamento de pacientes. O CAM (Centro de Atenção à Mulher)
custou R$ 267 mil aos cofres públicos, sendo R$ 150 mil do Governo do Estado e
o restante da Prefeitura.
Cuidado para com
elas
Eram
09h00 da manhã, e a aposentada Maria de Oliveira já estava se preparando para a
sua primeira consulta no novo Centro de Atenção à Mulher. Tomou banho.
Alimentou-se com um moderado café-da-manhã com pãozinho fresquinho e manteiga
da boa. Foi ao quarto para o retoque final: perfume adocicado e maquiagem leve.
Produzida
e toda animada, caminhou três quadras até o Centro de Atenção à Mulher. Ela
decidiu procurar o serviço depois de sentir pequenas dores no estômago. Chegou
logo cedo e não esperou mais que 10 minutos para a consulta. Primeiro foi
atendida por uma enfermeira, que conversou com a paciente e passou informações
de como melhorar o cuidado com a Saúde na terceira idade.
Em
seguida, foi recebida pelo médico plantonista. O atendimento também foi
preciso. Diagnóstico e solicitação de exame laboratorial, serviço também
oferecido gratuitamente pela Prefeitura. Maria de Oliveira saiu satisfeita e
mais tranqüila. “É muito bom ser recebida e tratada com carinho e atenção”,
disse.
Mulheres
como Maria de Oliveira estão comemorando a conquista, não só pela nova Unidade
de Saúde, mas também pelo reconhecimento e valorização.
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