IDH de Capão
Bonito teve forte alta. A cidade passou Itararé,
Apiaí e encostou
em Itapeva
Desenvolvimento
sobe 24,5% e vai de “média” para alto em uma década. Indicador avalia renda,
educação e expectativa de vida
O Índice de Desenvolvimento Humano dos
municípios brasileiros foi divulgado nesta semana pelo Ipea (Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada) e na região do Sudoeste Paulista, todas as cidades
melhoraram o desempenho nesse indicador que avalia renda, educação e
expectativa de vida. Os municípios desta localidade do Estado de São Paulo, por
muito tempo, carregaram a fama de “ramal da fome”, devido aos baixos índices de
desenvolvimento humano, porém, essa realidade começa a mudar. Todas as cidades
apresentaram avanços significativos, saindo do nível “muito baixo” para “médio”
e “alto”.
É
inegável, que em 10 anos, o Sudoeste Paulista eliminou todo seu IDH ruim,
aquele considerado abaixo de 0,600. Até o ano 2000, a região tinha o maior
número de IDH’s baixos e muito baixos e hoje, não há nenhuma cidade nessa
categoria. As boas notas do IDH, no entanto, poderiam ter sido melhores se as
cidades do Sudoeste Paulista se antecipassem a resolver antes o seu maior
problema, a geração de emprego e renda. Esse índice acabou travando a maioria
das cidades que melhoraram nos apontadores de Educação e Longevidade. Em
nenhuma cidade do Sudoeste Paulista, o indicador “renda” sobressaiu perante
outros medidores. Faltou aos gestores públicos que comandaram as Prefeituras
desse pedaço do Estado, uma visão focada nas políticas de geração de emprego e
renda. Com exceção de Itapeva, que saiu na frente nesse quesito, as demais
cidades não conseguiram desenvolver um plano de desenvolvimento econômico.
Dos
645 municípios paulistas, a pior nota do IDH também está no Sudoeste Paulista,
na cidade de Ribeirão Branco, porém, o município foi o que obteve o maior
aumento no Estado de São Paulo, subindo 38,3% - de 0,462 para 0,639. Se compararmos os
índices de 1991 com os de agora, Ribeirão Branco apresenta um crescimento ainda
melhor, de 51%. Investimento em políticas sociais. Procurado pelo jornal O
Expresso, o prefeito de Ribeirão Branco, Sandro Sala (PT), disse que a política
social implementada nos últimos anos na cidade, foi o “diferencial” para
alavancar os índices de desenvolvimento humano. “Houve uma melhora
significativa na qualidade de vida do povo de Ribeirão Grande graças a política
social que implantamos em parceria com os Governo do Estado e Federal, que
também entenderam a necessidade de melhorar o IDH da cidade”, falou.
Em
Ribeirão Grande, o IDH também melhorou. Em 2000, no governo do ex-prefeito
Vandir Mendes de Queiroz, a cidade tinha um IDH de 0,560, considerado nível “baixo”.
A renda per capita (de cada cidadão) não passava de R$ 333,00, e na Educação,
apenas 14% dos jovens entre 18 e 20 anos tinham ensino médio completo. A
qualidade de vida da população ribeirão-grandense começou a melhorar na gestão
da ex-prefeita Eliana dos Santos (PSDB), que em oito anos de mandato, conseguiu
elevar a renda média, colocar as crianças e jovens na escola e diminuir a
mortalidade infantil. Hoje, 93% das crianças de 5 a 6 anos estão na escola e
83% dos jovens e adolescentes concluíram o ensino fundamental. Com isso, a
cidade obteve uma taxa de crescimento de 25% e passou do nível de IDH “baixo”
para “alto”. Ribeirão Grande ocupa a 1756ª posição no ranking brasileiro.
Já
a cidade de Guapiara continua patinando nos índices de desenvolvimento
econômico. Parece que o município não consegue sair dessa lama econômica que
está encalhando o crescimento. A cidade possui um dos piores índices de pobreza
da região do Sudoeste Paulista, com um índice de 28% de pobres e 11% de
extremamente pobres. Conforme ainda o novo estudo do IDH, 50% da população está
vulnerável à pobreza e 53% das pessoas acima de 18 anos não têm ensino
fundamental completo e estão em ocupações de emprego informal. Mesmo com baixos
índices econômicos, a cidade conseguiu evoluir no IDH. De 2000 para 2010, a
cidade melhorou em 31%, e passou do IDH baixo de 0,514 para um nível “médio” de
0,675.
Capão Bonito
passa Apiaí e Itararé, e encosta em Itapeva
A
cidade de Capão Bonito enfrentou o seu pior momento de desenvolvimento humano
nos anos 2000, sob o comando do ex-prefeito Roberto Tamura. O IDH do município
era baixo, e sua qualidade de vida era bem inferior às cidades de Itararé,
Apiaí e Itaberá. A renda per capita era de apenas R$ 379,00, a mortalidade
infantil de 23,7 e 50% da população era considerada pobre e extremamente pobre.
No
Governo do ex-prefeito Roberto Tamura, apenas 47% das crianças de 5 a 6 anos
frequentava as salas de aula do município e somente 29% da população acima de
18 anos tinha ensino fundamental completo. De vergonhoso, o município passou a
ter mais cuidado com as políticas sociais e educacionais, e hoje, Capão Bonito
comemora seu novo IDH: de nível baixo (0,579), passou a nível alto (0,721).
Todos os índices melhoraram, com destaque para longevidade.
Na
administração Tamura, que nascia em Capão Bonito tinha uma expectativa de
vida de 69 anos, e hoje, a esperança de
vida ao nascer em terras gameleiras aumentou 5 anos, passando para 74 anos,
acima da média do país.
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