Juliano Souto
Rodrigues recebeu neste último de semana em Tatuí o título de Faixa Preta 2º Grau pela Federação
Paulista de Judô
O
judoca mais bem graduado de Capão Bonito, Juliano Souto Rodrigues, 36 anos,
recebeu no último domingo, dia 11, em Tatuí, o título e o devido certificado de
Faixa Preta 2º Grau, tornando-se o único da região a carregar tal graduação.
Para subir mais esse degrau da categoria Faixa Preta, que vai do 1º ao 10º
Grau, Juliano carregou por sete anos o nível de 1º Grau, sendo constantemente
avaliado por sua conduta no esporte que ele escolheu também como profissão.
Basta
conversar alguns minutos com o judoca para identificar sua paixão por esse
esporte. Seus olhos brilham topa vez que ele relata suas experiências e seu
conhecimento na área. Ama o que faz e por isso, faz bem feito. É atualmente, o
profissional para bem preparado da região para usar o judô como instrumento de
educação e cidadania. “O judô é mais que um esporte, é uma modalidade de ensino
e de cidadania”, comentou.
Num
bate-papo descontraído na redação d’O Expresso, Juliano contou um pouco de sua
história no judô. Revelou que seu pai, Levi Souto Rodrigues, deu o primeiro
passo para que ele se tornasse o que é hoje. Começou a praticar o esporte como
forma de disciplina. “Eu e meu irmão mais novo, Fabrício, éramos impossíveis na
escola, e por isso, meu pai decidiu nos colocar no judô para melhorarmos o
comportamento escolar”, disse.
A
primeira aula foi em 1984, e desde então, Juliano nunca mais parou. Seus
primeiros mestres (professores) no judô foram Oduvaldo Calheiros e Valter
Dall’olio, ambos falecidos. “Foram pessoas marcantes na minha carreira”, conta.
Desde menino, disputa competições oficiais e orgulha-se de sua conquista mais
importante: Uma terceira colocação (bronze) no Campeonato Paulista categoria
Faixa Roxa. Rodrigues também destaca uma “medalha ouro” conquistada nos jogos
regionais organizado pela própria Federação Paulista de Judô.
A
humildade também é uma das características desse campeão gameleiro. De cabeça
erguida ele conta que a luta mais marcante de sua carreira foi uma derrota,
diferentemente de outros atletas que preferem enaltecer as vitórias e glórias.
A disputa histórica de Rodrigues foi nos áureos tempos do Capão Bonito Clube.
Com a casa cheia, ele pisou no tatame para disputar a final da categoria
absoluta, onde se classificam os dois melhores lutadores da competição,
independente de faixa e peso. Juliano tinha 16 anos, e seu adversário, Wiliam
Cacciacarro, era seis anos mais velho.
Mesmo
pesando 20 quilos a mais que seu concorrente, Juliano acabou perdendo a luta
depois de sofrer um ippon (um dos mais famosos golpes do judô), e tirou uma
importante lição desta derrota: “Aprendi que no Judô a técnica é superior a
força. Foi a melhor luta da minha carreira”, falou.
Atualmente,
Juliano se dedica ao ofício de ensinar. É formado em Educação Física e comanda
desde 2000, uma escola de judô em Capão Bonito. É também professor na escola
João Batista do Amaral Vasconcellos na Vila Aparecida.
Por
suas mãos, surgem, frequentemente, novas revelações do judô capão-bonitense.
Para o futuro, ele sonha em construir o primeiro Centro de Treinamento de Judô
da região para atender, principalmente, jovens e adolescentes carentes, e quem
sabe, formar o primeiro campeão olímpico de Capão Bonito.
Juliano
é filho do casal de comerciantes Anísia e Levi. Tem três irmãos: Levi Filho,
Fernanda e Fabrício. É casado com Daniele e pai de Juliano Filhos, que aos seis
anos de idade, já segue os passos do papai.
Nenhum comentário:
Postar um comentário