sexta-feira, 17 de abril de 2015

Judoca capão-bonitense sobe mais um degrau na modalidade

Juliano Souto Rodrigues recebeu neste último de semana em Tatuí o  título de Faixa Preta 2º Grau pela Federação Paulista de Judô




O judoca mais bem graduado de Capão Bonito, Juliano Souto Rodrigues, 36 anos, recebeu no último domingo, dia 11, em Tatuí, o título e o devido certificado de Faixa Preta 2º Grau, tornando-se o único da região a carregar tal graduação. Para subir mais esse degrau da categoria Faixa Preta, que vai do 1º ao 10º Grau, Juliano carregou por sete anos o nível de 1º Grau, sendo constantemente avaliado por sua conduta no esporte que ele escolheu também como profissão.

Basta conversar alguns minutos com o judoca para identificar sua paixão por esse esporte. Seus olhos brilham topa vez que ele relata suas experiências e seu conhecimento na área. Ama o que faz e por isso, faz bem feito. É atualmente, o profissional para bem preparado da região para usar o judô como instrumento de educação e cidadania. “O judô é mais que um esporte, é uma modalidade de ensino e de cidadania”, comentou.

Num bate-papo descontraído na redação d’O Expresso, Juliano contou um pouco de sua história no judô. Revelou que seu pai, Levi Souto Rodrigues, deu o primeiro passo para que ele se tornasse o que é hoje. Começou a praticar o esporte como forma de disciplina. “Eu e meu irmão mais novo, Fabrício, éramos impossíveis na escola, e por isso, meu pai decidiu nos colocar no judô para melhorarmos o comportamento escolar”, disse.

A primeira aula foi em 1984, e desde então, Juliano nunca mais parou. Seus primeiros mestres (professores) no judô foram Oduvaldo Calheiros e Valter Dall’olio, ambos falecidos. “Foram pessoas marcantes na minha carreira”, conta. Desde menino, disputa competições oficiais e orgulha-se de sua conquista mais importante: Uma terceira colocação (bronze) no Campeonato Paulista categoria Faixa Roxa. Rodrigues também destaca uma “medalha ouro” conquistada nos jogos regionais organizado pela própria Federação Paulista de Judô.

A humildade também é uma das características desse campeão gameleiro. De cabeça erguida ele conta que a luta mais marcante de sua carreira foi uma derrota, diferentemente de outros atletas que preferem enaltecer as vitórias e glórias. A disputa histórica de Rodrigues foi nos áureos tempos do Capão Bonito Clube. Com a casa cheia, ele pisou no tatame para disputar a final da categoria absoluta, onde se classificam os dois melhores lutadores da competição, independente de faixa e peso. Juliano tinha 16 anos, e seu adversário, Wiliam Cacciacarro, era seis anos mais velho.

Mesmo pesando 20 quilos a mais que seu concorrente, Juliano acabou perdendo a luta depois de sofrer um ippon (um dos mais famosos golpes do judô), e tirou uma importante lição desta derrota: “Aprendi que no Judô a técnica é superior a força. Foi a melhor luta da minha carreira”, falou.
Atualmente, Juliano se dedica ao ofício de ensinar. É formado em Educação Física e comanda desde 2000, uma escola de judô em Capão Bonito. É também professor na escola João Batista do Amaral Vasconcellos na Vila Aparecida.

Por suas mãos, surgem, frequentemente, novas revelações do judô capão-bonitense. Para o futuro, ele sonha em construir o primeiro Centro de Treinamento de Judô da região para atender, principalmente, jovens e adolescentes carentes, e quem sabe, formar o primeiro campeão olímpico de Capão Bonito.
Juliano é filho do casal de comerciantes Anísia e Levi. Tem três irmãos: Levi Filho, Fernanda e Fabrício. É casado com Daniele e pai de Juliano Filhos, que aos seis anos de idade, já segue os passos do papai.




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