sexta-feira, 1 de maio de 2015

Atrasos do Governo Federal paralisam obras na Laudelino de Lima Rolim

A obra está avaliada em R$ 1 milhão e foi paralisada em novembro do ano passado. Ministério das Cidades repassou apenas ¼ do valor, ou seja, R$ 250 mil



Moradora da avenida Laudelino de Lima Rolim na Nova Capão Bonito há cinco anos, a autônoma Claudete da Silva relata que se animou ao ver operários e máquinas trabalhando na colocação de guias e sarjetas e na pavimentação da avenida até então de terra batida e por isso, planejou abrir um pequeno negócio para comercializar alimentos como salgados, bolos e doces, porém, seu sonho foi interrompido junto com a obra. “Tudo está indo muito bem, e de repente, ninguém mais apareceu por aqui para dar continuidade nas obras e o asfalto parou bem na esquina da minha casa. Fui sorteada”, brincou a moradora.

As obras de infraestrutura na avenida Laudelino de Lima Rolim, que inclui colocação de guias e sarjetas, implantação de drenagem e pavimentação, começaram em junho de 2014, mas pararam alguns meses depois, em novembro do mesmo ano. A paralisação completou aniversário de seis meses e os moradores reclamam do entrave. “Todos os dias tenho que levar as crianças na creche. Em dia de sol enfrento poeira e em dias de chuva, lama. Para não sujar os pés das crianças, coloco sacolinha plástica. Estávamos contentes com a obra, mas infelizmente parou”, disse a moradora Margarida Moreira, de 67 anos.

De acordo com a Secretaria de Planejamento do Município, os recursos da obra foram conquistados pelo deputado Guilherme Mussi (PP) junto ao Governo Federal e o convênio foi firmado com o Ministério das Cidades. A Prefeitura diz que o Governo Federal repassou apenas ¼ do valor da obra, avaliada em R$ 1 milhão.

Além do atraso de repasse para a conclusão das obras na via da Nova Capão Bonito, o Governo Federal praticamente bloqueou mais de R$ 1,5 milhão para Capão Bonito que incluiu investimentos na reforma da praça Rui Barbosa, pavimentação na Vila Guanabara e conclusão da construção do complexo esportivo do Arcão, no bairro Bela Vista. Conforme a assessoria de imprensa, o prefeito Julio Fernando está agendando viagem a Brasília para tentar desbloquear as verbas.

Segundo o presidente da CNM (Confederação Nacional dos Municípios), Paulo Ziulkoski, várias obras estão sendo paralisadas Brasil afora por causas de atrasos nos pagamentos do Governo Federal, que segundo ele, tem R$ 35 bilhões de restos a pagar aos municípios. “É um problema grave, pois está interrompendo projetos e reduzindo investimentos”.

A reportagem d’O Expresso consultou a assessoria de imprensa do Ministério das Cidades, mas até o fechamento desta edição não houve manifestação oficial. 

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